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Charlie publicou um dueto com ele mesmo para mostrar diferença na voz após tratamento com testosterona. Vídeo tem mais de 100 mil visualizaçõesComo forma de homenagem à comunidade transgênera, o sueco Charlie Peck publicou um vídeo de dueto com ele mesmo, com uma montagem de antes e depois da transição. A música escolhida é “Home”, de Edward Sharpe and the Magnetic Zeros, e mostra a mudança na voz de Charlie ao longo do tratamento com testosterona.
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Dueto de Charlie Peck com ele mesmo antes e após tratamento com hormônios
Foto: Reprodução/Youtube
Charlie gravou a primeira parte do dueto no primeiro dia do tratamento com testosterona e a segunda parte foi gravada nove meses depois. O vídeo já tem mais de 100.000 visualizações no YouTube.
“As reações foram muito positivas! Eu nunca pensei que isso iria se espalhar tanto. Estou tão feliz que as pessoas têm mostrado que gostaram”, disse Charlie ao portal de notícias da Suécia "Local.se”. “Algumas pessoas fizeram alguns comentários ruins, mas são tão poucos que eu posso contá-los nos dedos de uma mão”.
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Surpreendentemente, essa foi a primeira vez na vida que Charlie gravou uma música. Quando ele teve a ideia, entrou em contato com um amigo que é músico, para conseguir fazer a gravação acontecer. Veja o vídeo a seguir:
Ele afirma que durante sua própria jornada como transgênero, se sentiu beneficiado pela história e progresso de outras pessoas. Isso fez com que ele quisesse encontrar sua própria forma de dar a pessoas da comunidade trans a esperança de que as coisas podem melhorar e a vida pode ir na direção que eles desejam.
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Apesar de ele estar feliz com a maneira que o dueto foi recebido, ele percebeu que as pessoas ficaram confusas em um aspecto: acharam que Charlie era uma pessoa diferente de antes. “Eu acho que é porque eu escolhi cantar para mim mesmo. Talvez isso tenha enviado a mensagem errada. Eu sou exatamente a mesma pessoa que era antes, apenas tirei o meu casaco”, diz Charlie. Ele esclarece apenas a mudança no nome. Na primeira gravação, ele ainda usava o nome feminino e fica incomodado quando ainda é chamado assim. Agora ele se reconhece e quer que os outros o reconhecam como homem.