iG São Paulo
“O corpo é meu e dou para quem quiser, incluindo outra mulher”, foi um dos gritos ouvidos na 11ª Caminhada das Lésbicas e Bissexuais, em São PauloA Marcha Lésbica tomou conta de uma das pistas da Avenida Paulista neste sábado (01)
Foto: J. Duran Machfee/Futura Press
A Marcha Lésbica tomou conta de uma das pistas da Avenida Paulista neste sábado (01)
Foto: J. Duran Machfee/Futura Press
A Marcha Lésbica tomou conta de uma das pistas da Avenida Paulista neste sábado (01)
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A Marcha Lésbica tomou conta de uma das pistas da Avenida Paulista neste sábado (01)
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A Marcha Lésbica tomou conta de uma das pistas da Avenida Paulista neste sábado (01)
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A Marcha Lésbica tomou conta de uma das pistas da Avenida Paulista neste sábado (01)
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A Marcha Lésbica tomou conta de uma das pistas da Avenida Paulista neste sábado (01)
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A Marcha Lésbica tomou conta de uma das pistas da Avenida Paulista neste sábado (01)
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A 11ª Caminhada das Lésbicas e Bissexuais movimentou a Avenida Paulista na tarde deste sábado (01), em São Paulo. Carregando cartazes de protesto e um enorme bandeira do arco-íris, centenas de mulheres e homens caminharam pela via em direção ao centro, pedindo o fim do preconceito, do machismo e do racismo.
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A mulheres eram maioria no protesto, mas também havia homens no local. Os manifestantes ocuparam três pistas do sentido centro da Paulista. A caminhada seguiu da avenida para a Rua Augusta, tendo como ponto final a Praça Roosevelt, onde um palco foi montado para apresentação de DJs e das bandas Joana Flor e Santa Claus, entre outros artistas.
Organizada pela Associação Brasileira de Lésbicas, a caminhada contou pela primeira vez com o apoio da Prefeitura para sua realização. O tema desta edição foi “O Estado é Laico - Construindo Direitos, Desconstruindo Preconceitos: Basta de Lesbofobia!”.
Defendendo o tema estado laico, a transexual Maite Schneider discursou. “Quando alguém se sentir no direito de invadir o seu espaço e falar que Jesus te ama, responda: 'Eu sei, e um dia ele vai te amar também' . Cada um deve ter a sua fé e respeitar a do outro. Isso não pode interferir em decisões do Estado”, ressaltou Maite.
“ Venho desde a primeira caminhada. Nesses 10 anos, a causa lésbica avançou bastante, porém falta muito ainda”, disse Silvana Conti, 50, que participa da Liga Brasileira de Lésbicas e que veio de Porto Alegre para a manifestação.
Durante a caminhada, mulheres entoaram gritos de protesto, exigindo respeito. “Somos invisíveis ao mundo e também à causa LGBT, Sapatão merece respeito”, disseram as manifestantes em coro.
Durante todo o trajeto, a frase “O corpo é meu e dou para quem quiser, incluindo outra mulher” foi repetida diversas vezes. Assim como gritos de apoio ao feminismo e a descriminalização do aborto.
As professoras Ana Maria Oliveira, 53, e Carmem Almeida ,59, juntas hà 13 anos, contaram que preferem a caminhada à Parada Gay pelo caráter mais politizado da primeira. “Apesar de contar com mais gente, a Parada perdeu um pouco o tom, preferimos vir hoje para mostrar pelo que estamos lutando”. explica Ana.
Sonia Carvalho, 48, foi acompanhada do filho Eduardo,13. "Minha mulher está lá na linha de frente, fiz questão de vir e trazer meu filho. Porque quero que ele cresça respeitando a diversidade, que não faça parte desse mundo intolerante e violento que existe hoje, observou Sonia.
O evento integrou a programação do mês do Orgulho LGBT, que termina no próximo domingo (2), na Avenida Paulista, com a realização da 17ª Parada do Orgulho Gay de São Paulo.