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Jovens são menos preconceituosos por terem mais escolaridade, diz Data Popular

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Pedro Carvalho

Pesquisa inédita revela que, entre 16 e 24 anos, apenas 26% não aceitariam ter filho gay

O preconceito contra a homossexualidade é menor entre os mais jovens, por ser uma faixa etária que possui maior grau de escolaridade e acesso a informação, aponta pesquisa inédita do instituto Data Popular. A discriminação também é menor entre as mulheres, mostra o levantamento.

Os pesquisadores perguntaram a 1.264 pessoas de todas as regiões brasileiras, no primeiro trimestre de 2013, quais deles "não aceitariam ter um filho ou uma filha homossexual". Na faixa entre os 16 e 24 anos, apenas 26% responderam "sim" para a questão. O índice sobe para 33% na faixa entre 25 e 34 anos, salta para 37% entre 35 e 49 anos e atinge 46% entre os que têm mais de 50 anos. O dado geral – que considera todas as idades – ficou em 37%.

"Isso se deve ao fato de que os jovens estão estudando mais, se informam mais, vivem em ambientes nos quais normalmente se discute mais o respeito à diversidade", diz Renato Meirelles, diretor do Data Popular. "Acredito que, se persistir a ampliação de escolaridade em curso no País, a próxima geração será muito mais tolerante com essas questões", afirma Meirelles.

Na semana passada, o iGay mostrou uma história que ilustra bem essa questão. Os jovens Bruno Palma e Leonardo Scripitore, ambos com 27 anos, têm opções afetivas diferentes – Bruno se assumiu gay aos 15 anos, enquanto Leonardo é hétero. Habituados a ambientes de maior tolerância, os dois continuam melhores amigos (veja essa e outras histórias neste link).

- Veja também: patrocínio de empresas públicas garante parada gay de São Paulo

O levantamento mostrou ainda que as mulheres são mais abertas à ideia de ter um filho ou filha homossexual. Entre elas, apenas 35% responderam que não aceitariam a hipótese, enquanto entre os homens o dado ficou em 45%. 


A pesquisa também perguntou aos entrevistados quais eram "contrários que casais do mesmo sexo tenham os mesmos direitos dos casais tradicionais". Outra vez, jovens e mulheres se mostraram mais tolerantes. Entre os que têm 16 a 49 anos, resposta foi afirmativa em 35% dos casos, na média – foi de 35% entre 16 e 24 anos, de 32% entre 25 e 34 anos e de 34% entre 35 e 49 anos. A partir desta idade, o índice dispara e chega a 47%. O dado geral ficou em 38%.

Entre os homens, 47% disseram ser contrários aos direitos igualitários, enquanto entre as mulheres apenas 35% concordaram com a afirmação dos entrevistadores.


“Os números reforçam que o preconceito da sociedade para com os homossexuais existe, tanto dentro de casa, quanto fora dela. O que identificamos de favorável é que os mais jovens começam a aceitar melhor a diversidade”, afirma Meirelles. “Essa tendência também é resultado do aumento das discussões sobre o tema na mídia”, diz o especialista.


  


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