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Conheça as bofinhos: jeitão de menino e sempre prontas para uma cerveja

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Iran Giusti

De cabelos curtos, roupas largas e tênis, elas têm fama de 'pegadoras' entre as lésbicas

Não é difícil reconhecê-las, especialmente por conta do visual. De cabelos quase sempre curtos, elas usam camisas e calças largas, tênis batido com cara de velho e muitas vezes um piercieng rústico na sobrancelha, na boca ou no nariz. De diversas idades, essas mulheres são conhecidas entre as lésbicas como as garotas ‘bofinhos’.

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Integrante assumida da tribo, a maquiadora e cabelereira Anna Catharina Dias, 22, define as bofinhos como mulheres que têm trejeitos e estilo de se vestir mais masculinos. No entanto, ela explica que dentro desse universo há subcategorias. “Existem vários tipos de bofinho. A caminhoneira, a roqueira, a pagodeira e a do forró”, descreve.

A maquiadora e cabeleireira continua e agora aponta as diferenças no jeito de se vestir das bofinhos. “A caminhoneira tá sempre de camisa flanela e boné. Já a do forró, usa roupas mais básicas e tem até cabelo comprido”, distingue Anna.

Mas essa preferência por um visual masculino não necessariamente indica falta de delicadeza. “No sentimento e no jeito, somos muitas vezes delicadas”, pondera.

Luma Ferreira, 21, formada em Gastronomia, concorda com Anna. “Mesmo as meninas mais marrentas são cheias de mimimi. Afinal, é tudo mulher né?”, brinca Luma, revelando ainda uma predileção das meninas em acompanhar os desígnios dos astros no horóscopo. “Nos relacionamentos, por exemplo, o signo tem que casar. Se não, não dá certo”, decreta ela.

Falando em relacionamentos, Anna e Luma revelam que as bofinhos costumam se interessar por alvos amorosos que são o oposto delas, ou seja, mulheres mais femininas. “Já vi bofinho com bofinho, mas é raro. Não dá certo, elas acabam brigando rápido”, ironiza a cabeleireira e maquiadora.

Parece, mas não é

Mas nesse universo é preciso tomar cuidado com as generalizações. Porque nem tudo é como parece, de acordo com a publicitária Carol Caixeta, 24. “As bofinhos mesmo são mais truculentas, mais ativas na hora do sexo e não tem muita paciência para assuntos de menina. Já as que só se vestem como bofinhos, são simplesmente mulheres que gostam da estética masculina na hora de se vestir”, observa.

Carol se vê como integrante da segunda turma. “Sou bem menininha, cheia de dengos. Mas por causa do cabelo curto e dos looks meio One Direction me acham bofinho”, conta Carol, dando uma gargalhada ao citar a banda inglesa amada pelas adolescentes na faixa dos 15 anos, cujos os integrantes usam peças de alfaiataria, gravatinha e cabelos curtos estilosos.

Para Anna, esse estilo masculinizado é mais forte entre as mulheres mais jovens e, muitas vezes peca pelo exagero. “Principalmente na adolescência, as meninas acabam exagerando, usando looks muito masculinos e falando como homem para se impor. Mas com o tempo, elas vão percebendo que não é necessário, e acabando achando o próprio estilo”.

Independentemente dos possíveis exageros e das diferenças, a três entrevistadas concordam com um gosto que une todas as bofinhos: uma loira gelada. “Nós gostamos de bar, de beber cerveja e falar sobre mulher. É um grupo muito pegador”, admite Luma, que revela que a personagem Shane (Katherine Moennig) da série “The L Word” é a musa inspiradora da tribo. “Ela é um ídolo de toda bofinho”.


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