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Um grande diálogo da produção artística queer nacional é o mote de “Queermuseu”

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iG São Paulo

Vicente Negrão comanda a Coluna ARCO no iGay e conta tudo sobre a exposição Queermuseu em cartaz até outubro em Porto Alegre

A cultura queer dá sólido passo em direção a um território mais demarcado no Brasil, com abertura de uma importante mostra no Santander Cultural, em Porto Alegre, chamada “Queermuseu - Cartografias da diferença na América Latina”. É a primeira com este recorte no país e que permanece até outubro no local.

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Quuermuseu- O Eu e o Tu - Série Roupa-corpo-roupa(1967). Obra queer de Lygia Clark

Quuermuseu- O Eu e o Tu - Série Roupa-corpo-roupa(1967). Obra queer de Lygia Clark

Foto: Divulgação/Santander


Rapidamente, para quem não está familiarizado, o termo queer abrange tudo que não cabe no conceito heteronormativo de que existem papeis sexuais essenciais ou biologicamente inscritos na natureza humana, mas, sim, que orientação sexual e identidade de gênero são resultados de uma construção social. O universo LGBT+ está aqui.

De volta ao fato, é uma exposição contemporânea que abrange mais de 270 obras sob a curadoria de Gaudêncio Fidelis, selecionadas entre coleções públicas e privadas e expostas de forma a romper com padrões de cronologia, justapondo produções desde o século XIX até atuais, e articulando gravura, pintura, colagem, desenho, fotografia, serigrafia, vídeo, escultura e cerâmica.

Fidelis propõe um diálogo entre as obras e promove o questionamento entre realidade material e conceitual e seus desdobramentos. Segundo ele: “Uma exposição queer, que busca não ditar ou prescrever regras, discute questões relativas à formação do cânone artístico e a constituição da diferença na arte. Para esta plataforma curatorial levei em conta aspectos artísticos, culturais e históricos de cada trabalho”.

Quem participa

Queermuseu - Obra Nan Ostra Queer da artista Cintia Ribas%2C Boiler Galeria Curitiba

Queermuseu - Obra Nan Ostra Queer da artista Cintia Ribas%2C Boiler Galeria Curitiba

Foto: Divulgação

Nomes de grosso calibre das artes nacionais como Adriana Varejão, Alfredo Volpi, Cândido Portinari, Clóvis Graciano, Fabio Del Re, Flávio Cerqueira, Gilberto Perin, Ligia Clark, Sandro Ka, Yuri Firmesa e Leonilson somam-se a jovens talentos como Cintia Ribas e Alan Amorin, neste grande panorama com produções de 85 artistas no total.

Nas minhas primeiras colunas aqui no iGay falei sobre algumas exposições no exterior, tanto de fotografia como artes plásticas, que já vinham enfatizando o recorte, as questões de identidade de gênero e também do Museu da Diversidade em São Paulo. O tema e o universo entram definitivamente em pauta das artes plásticas do Brasil com esta exposição.

"Uma exposição é um espaço de conflito de ideias, de variadas crenças e é bom que seja assim, porque fomenta o diálogo", declara Fidélis. O mundo LGBT+ comemora! 

Se quiser falar comigo estou aqui e adoro uma conversa: vicente@vicentenegrao.com. Para saber mais sobre cultura queer, clique aqui e acompanhe a coluna ARCO, de Vicente Negrão , aqui no iGay



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